20 de jul. de 2016

Um outro amor.

A todos os irmãos sobre a Terra, a paz do Senhor Jesus Cristo. Amém.

Vim para compartilhar uma Palavra que o Senhor Jesus está me ensinando. Desde já digo que não é fácil de realizar, pois o Evangelho verdadeiro vem contra aquilo que somos, pois somos carnais e o Evangelho é celestial. E não é o Evangelho que deve se adequar a nosso jeito de ser, mas se realmente desejamos ser de Jesus precisamos andar como Ele andou. 

Então eu recomendo aqui que orem antes de fazer este estudo. Porque necessitamos que o Espírito Santo nos convença da verdade. 

Vamos ao estudo...

Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntais tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará o vosso coração. Mateus 6: 19 a 21

Em nossos estudos Bíblicos sempre pregamos a necessidade de desvincular o coração dos bens materiais, da ambição, do desejo de luxo e coisas semelhantes à estas. Dizemos tudo isso com base no Evangelho de Cristo e que depois foi ensinado pelos apóstolos também, veja na carta de 1 João 2: 15 diz assim: Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.

Então, a nossa pregação tem sido correta. Porém a alguns dias tenho descoberto um outro “amor às coisas do mundo”, mas este não é tão aparente, demora um pouco a ser descoberto e por isso é mais difícil de ser tratado. Esse outro amor não está ligado às coisas exteriores, mas está ligado ao nosso eu, à nossa carne e vida aqui na Terra.

Aqui na região onde moro ele é conhecido como amor próprio. Não saberia dizer como ele é chamado em outros lugares. Ele se dá de maneira que as pessoas amam a sua maneira de ser, acreditam que conhecem bem tudo o que as rodeia, nos faz enxergar um certo valor em nós.

Dessa maneira, a pessoa que tem um elevado amor próprio, não aceita ser desprezado. “Afinal como pode alguém me desprezar sendo eu gentil assim como sou?” Ou ainda, “como pode alguém me humilhar depois de tudo o que eu fiz por essa pessoa?”.

O amor a si mesmo nos faz enxergar que somos pessoas tão boas que são indignas de ofensas. E ficamos perplexos quando isso acontece!   

Outra amostra do amor próprio é que não aceitamos quando uma pessoa de perto ou de longe mostra uma opinião diferente de nós num assunto que pensamos conhecer muito bem. Por exemplo, ao ver o meu filho realizar uma tarefa simples dentro de casa, se ele não fizer à minha maneira logo recebe uma bronca. “Porque sou dona deste conhecimento, a minha maneira é sempre a forma correta de realizar este trabalho”.

Quantas vezes repetimos durante o dia essa expressão: “eu já falei (...)”. Isso acontece porque consideramos que o nosso conhecimento é maior e melhor que o do outro.

Neste caso, o meu maior tesouro está na minha vida, no meu alto valor. E quando as pessoas não me valorizam ou o meu conhecimento, produz em mim um sentimento de raiva, frustração e de vontade de me afastar dessa pessoa que me desprezou.

Veja que no versículo de 1 João que lemos acima diz que no nosso coração não cabe o amor ao mundo junto com o amor à Deus. É como se o nosso coração fosse uma caixinha pequena onde só cabe um amor.  E se amor à minha própria vida é tão grande à este ponto, significa que está tomando o espaço que deveria ser do amor à Deus o Pai.

Mas onde está o confronto entre uma coisa e outra? Se buscarmos os ensinamentos de Cristo vamos encontrar o “negue-se a si mesmo”. Essa parte eu a chamo de essência do Evangelho de Cristo, veja:

Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? Porque o Filho do Homem virá na glória de Seu Pai e dará a cada um segundo as suas obras. Mateus 16: 24 a 27

O texto Bíblico é um convite para seguir os passos de Jesus. E se você conhece um pouquinho do que está no Evangelho vai saber que Ele não amou sua própria vida em momento algum. Ele não se importou com as ofensas, nem mesmo em padecer tudo aquilo. Antes amou a Deus o Pai, obedecendo-O até a morte de cruz.

Chegando à fundo nessa verdade, o amor a Deus nos faz praticar o amor às vidas (amor ao próximo), porque o amor a Deus nos faz difundir o Evangelho. Esse amor moveu Jesus à cumprir a vontade de Deus, o amor a nós. Esse amor movia os apóstolos, à exemplo disto está o ministério de Paulo. Este também é um grande exemplo de pessoa que não amou a sua própria vida a fim de levar o Evangelho.

E ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós. Filipenses 2: 17

Quem recebe à Cristo na sua vida, não consegue guardar esse tesouro apenas para si, antes tem a necessidade de levar outros à conhecerem Jesus. Esse amor levou Paulo a passar por tudo quanto passou. Assim também nós que desejamos que outros sejam salvos, precisamos nos despir do amor à nós mesmos.

Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que sendo em forma de Deus não teve por usurpação ser igual a Deus; Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.
E achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo sendo obediente até a morte, e morte de cruz.
Pelo que Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome. Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão na terra e debaixo da terra.  E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para a glória de Deus.
Filipenses 2: 3 a 11

Paulo nos escreve estas palavras por um único fundamento, o de usar o exemplo de Cristo para nos ensinar. Trocando as palavras ele diz “seja como Jesus, negue o amor à sua vida, antes considere os outros acima de si mesmo”.

Veja Paulo dizendo no texto que precisamos ter “o mesmo sentimento que houve em Cristo”, ele está falando de amar as vidas a tal ponto que precisamos nos diminuir para que elas sejam ganhas para o Reino de Deus.

Sendo Jesus exatamente como o Seu Pai, não se importou em se humilhar, em se fazer como homem, em passar por nossas dores e aflições, em morrer numa cruz (morte cheia de humilhação). E o sentimento que movia Cristo a se humilhar, eu vou voltar a dizer, era o desejo de nos alcançar.

O que Paulo está nos mostrando é que se quisermos que a luz de Cristo brilhe em nós, é dessa mesma maneira que precisamos agir. Não nos importar, não dar valor a nós, antes considerar os outros superiores a nós.

No esforço de nos diminuir é que está o segredo para aqueles que nos cercam ver que Jesus verdadeiramente vive em nós.

Assim também, à exemplo de Cristo, Paulo nos garante que Deus o Pai vai nos honrar se tomarmos essa atitude. Ele não diz que será aqui na terra, pois o Reino de Deus nada tem relação com esta, mas há algo preparado na glória para os que são fiéis.

Veja que o mundo lá fora não está errado. As pessoas não estão erradas em falar mal de nós, ou nos desprezar, humilhar, etc. Jesus afirmou que seria assim mesmo. O que está errado é o sentimento que mantivemos até aqui de nos valorizar demais.

O mundo segue como tem que seguir. O nosso “eu” é que precisa diminuir para nos adequar e obedecer ao Evangelho de Cristo.

Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me. Mateus 16: 24 b.

Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.  João 12: 24


Que você possa receber esta Palavra no seu coração. 

Fique no amor de Deus o Pai, na graça do Senhor Jesus Cristo e na comunhão dada pelo Espírito Santo sobre você e sua família. Amém

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