Por que se faz necessário buscar
a verdade sobre o amor? As pessoas falam o tempo todo sobre o amor, cobram
amor, dizem que Deus se revela quando damos um alimento à um faminto, etc.
Posso afirmar que a essência do amor verdadeiro não é conhecida pela maioria
das pessoas.
É claro que o amor terreno faz
parte do nosso dia-a-dia. Amamos nossos filhos, amigos, parentes, amamos nosso
trabalho, a escola, a nossa casa, etc. Porém, chega um momento onde o amor
terreno quer exceder o amor celestial e neste exato momento, a decisão precisa
ser baseada apenas no amor de Deus.
Hoje, entre os cristãos, está
havendo uma confusão entre o amor do mundo e o amor de Deus. E por não conhecer
o amor que provêm de Deus, as pessoas cometem erros nas suas escolhas. O amor
celestial nos serve para direcionar as nossas decisões.
Para conhecer o amor real
precisamos filtrar as falsas idéias sobre ele, vejamos então o que não é o amor
de Deus no texto que está em 1 Coríntios capítulo 13 versículo 3. O versículo
fala sobre distribuir a própria fortuna aos pobres, está falando claramente
sobre caridade. Uma pessoa pode ser caridosa sem conhecer o amor de Deus.
A caridade é algo muito bom. Ver
um necessitado e ajuda-lo é algo maravilhoso! Porém é uma atitude humana, ou
seja, é de se esperar que todas as pessoas ajam assim. O que significa que ao
falar de caridade não estamos falando do amor de Deus. Há de se lembrar aqui
que a salvação não é conquistada através das obras, mesmo falando de algo tão
bonito quanto à caridade.
O fato de levar uma cesta básica
à uma família vai servir para alimentá-los temporariamente, mas não vai servir
para salvar uma família. Se você quiser que essa família seja salva, vai
precisar levar o alimento espiritual, o Pão da vida que é Cristo.
Ainda no mesmo versículo diz que
pode alguém entregar-se à morte por outro e não ter o amor de Deus. Isso
acontece no amor à família, por exemplo, pode um pai ou uma mãe entregar-se no
lugar de um filho e ainda assim não conhecer o amor de Deus.
Versículos 4 a 7 – Uma das
características que difere o amor da Terra com o amor de Deus é que o primeiro
é volátil. Por exemplo, pode uma mãe que criou o seu filho com muito amor e
dedicação, deixar ele morrer entregue às drogas por não aguentar mais tal
situação. Ou alguém que ame um irmão hoje e amanhã não o amar mais.
Passemos então a esclarecer o que
é de fato o amor de Deus.
João capítulo 3 versículo 16 -
Quando Deus enviou o Seu Filho dispôs de Tê-lo, entregou a vida do Seu Filho
nas mãos de homens pecadores e cruéis. Tudo isso para que os homens fossem
salvos. Ou seja, o amor é capaz de sacrificar, é capaz de negar os seus
próprios direitos em benefício à outro.
Colossenses capítulo 1 versículos
13 e 14 – Cristo é chamado de Filho do Amor do Pai, porque o mesmo amor que
moveu o Pai à entregar o Seu Filho, também moveu o Filho à entregar-se a Si
mesmo. Mais uma vez, podemos ver com clareza que o amor verdadeiro está ligado
ao sacrifício e ao negue-se a si mesmo. Essa atitude foi capaz de nos inserir
no céu, na herança de Cristo.
O amor puro e verdadeiro está
operando em nós quando somos capazes de cumprir o negue-se a si mesmo, quando
sacrificamos a nossa vontade para ligar alguém à Cristo.
Como percebemos o amor de Deus em
nós ou nas pessoas?
Nas escolhas do dia-a-dia. Quando
uma pessoa preocupa-se com o seu testemunho de vida, sabendo que uma atitude
incoerente com a de Cristo pode desligar pessoas através do escândalo – 1
Coríntios capítulo 10 versículos 32 e 33.
No cumprimento do Ide. Quando
Cristo veio à essa Terra, sua intenção era nos libertar do poder das trevas.
Logo, quando levamos o Evangelho de Cristo para as pessoas fazendo com que elas
sejam libertas (tirando-as do poder da potestade das trevas), estamos cumprindo
o amor.
Na prática de ensinar o
Evangelho. João capítulo 13 versículo 1 – “Jesus amou-os até o fim”. Sabendo
Jesus, que os discípulos disputavam entre si sobre quem seria o maior dentre
eles, ensinou a servir. Jesus não lavou os pés para ensinar um ritual, Ele
lavou os pés para ensinar que não deve haver orgulho em nós. A prova do que
estou dizendo está nos versículos 13 a 17.
Jesus ensina e os que O obedecem
são libertos a cada dia. Todos os ensinamentos de Cristo estão baseados no que
Ele conhece à respeito do reino espiritual, portanto, tudo o que Ele diz para
fazermos é no sentido de sair debaixo do que o reino maligno nos impõe. Logo, na
prática dos ensinamentos de Jesus Cristo recebemos libertação. Por isso, cada
vez que ensinamos o Evangelho a outras pessoas, mostramos a elas o caminho da
obediência e por consequência a libertação.
Ressalto que não há o Ide e não
há o ensinar sem que haja dedicação, ou seja, para exercê-los é necessário
passar pelo Negue-se a si mesmo.
No perdão, porque para perdoar é
necessário passar por cima do amor a si mesmo. Quando Estevão perdoou aqueles
que estavam atirando pedras contra ele, abriu o caminho dentro do reino
espiritual para que Saulo fosse ligado à Cristo.
No dar a outra face. Quando te
ofenderem, ou te baterem, o ato de não corresponder (pagar na mesma moeda) traz
consigo o negue-se e mostra o amor.
Quando Jesus nos ensinou a orar
pelos que nos maltratam e perseguem, estava ensinando o amor. Jesus ensina que
não devemos amar apenas os que nos amam. Porém Jesus ensinou a amar através da
oração, no nosso quarto, no secreto com Deus. Já no outro amor, o que não é
verdadeiro, tudo é aparente.
Todas estas coisas fazem parte do
amor de Deus, o amor que é verdadeiro, é longânimo, fiel e está totalmente
revelado na Palavra de Deus.
Existem pontos onde os dois
amores se contradizem. Volto a dizer que o amor terreno está presente no nosso
dia-a-dia, porém nos pontos onde os dois se chocam devemos fazer a escolha
certa, ou seja, basear-se no amor que vem de Deus o Pai.
João capítulo 6 versículos 60 a
68 – Jesus disse à eles toda a verdade, e quando fez isso já sabia que muitos
iam abandonar a fé. Ele tinha, portanto, uma escolha a fazer: Não dizer a
verdade e ficar com todos por perto, ou falar a verdade e ficar com apenas 12
ao seu lado.
Jesus escolheu dizer a verdade,
Ele escolheu não se omitir. O fato de Jesus não dizer meias verdades é porque
elas resultam em condenação eterna. Se Ele fizesse isso, estaria condenando todos
à morte (os doze e os demais que andavam com Ele). Seriam em muitos, porém
todos mortos.
Que o amor de Deus o Pai, a graça do Senhor Jesus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós. Amém!