1 de dez. de 2023

QUANTO VALE UM PECADOR - As três parábolas de Lucas 15

 

Vamos falar sobre as três parábolas que estão em Lucas 15, explicando os seus significados. O objetivo deste estudo é que seja percebido o grande amor de Deus por cada um de nós e o quanto Ele tem feito por nós.

As duas primeiras parábolas deste capítulo são a ovelha e a dracma perdida. Ambas tratam da visão do céu para a terra. A perspectiva é do alto para baixo. Nelas é mostrado o amor de Jesus por nós, qual foi o trabalho que Ele teve por nós e muitos detalhes, mas sempre mostrando a perspectiva do Senhor Jesus Cristo olhando para nós.

Lucas 15: 1 e 2 – este comentário dos judeus demonstra o quanto eles desprezam as outras pessoas que não cumpriam as leis como eles. Em resposta a este comentário é que Jesus vai contar essas três parábolas. Ele faz isso para mostrar aos religiosos o quanto vale um pecador.

*** Contar o testemunho da irmã Edméia sobre a pastorinha Surreila *** Esse testemunho deixa claro o tipo de elo que existe entre um pastor e seu rebanho. Quando Jesus escolhe falar nessa primeira parábola sobre o pastor e a ovelha, está se referindo a este amor!

Lucas 15: 3 e 4 – Aqui Jesus fala de um rebanho que está pastando sob os cuidados, sob o olhar, sob o zelo do seu pastor. Esse é o momento do qual nós estamos na presença de Deus, em comunhão com o seu Filho.

Uma das ovelhas se distraí e acaba saindo do curral, ela sai da presença e da comunhão. E a distração é a atração pelo mundo, é o pecado. O pecado é aquilo que nos afasta de Deus, faz um coração ficar frio em relação a Deus e ao Reino de Deus. É quando se perde a alegria em relação a tudo o que é de Deus.

É bem importante notar que quando a ovelha sai do curral para ir ao encontro do mundo, não é trocado o seu nome. Ela ainda é chamada de ovelha porque ainda pertence ao Pastor. Ela ainda pertence ao rebanho e ao curral, apenas se perdeu. Ela ainda é amada pelo Pastor. Ele a ama tanto, deseja tanto que ela retorne ao rebanho, que deixa as noventa e nove para ir buscá-la.

Por que o Pastor não quer que sua ovelhinha fique longe Dele? Enquanto a ovelha está sozinha, corre muitos perigos. Ela pode se machucar, adoecer e até ser morta por um predador. A Bíblia cita sobre o lobo, o leão e essas são figuras de dentro do reino espiritual da parte das trevas. Isso mostra o quanto a ovelha é vulnerável enquanto está sozinha. O Pastor tem pressa, pois não quer vê-la machucada, doente ou morta e vai depressa ao encontro dela.

Lucas 15: 5 – Jesus aconchega a ovelha em Seu ombro. Por que o Pastor a coloca no ombro? O que tem no ombro do Resgatador que serve para aconchegá-la? Essa resposta encontramos em Isaías 22: 22.

O profeta diz sobre uma chave da casa de Davi colocada no ombro do Messias. Essa chave servirá para abrir algo e nenhum outro poderá fechar o que Ele abriu. A profecia se refere à cruz de Jesus Cristo, da qual veio a graça. Essa porta, ninguém pode fechar.

Então, qual a necessidade do Pastor aconchegar a ovelha sobre a cruz? Essa parte da parábola está falando do nosso resgate. Sem a cruz, não seria possível trazer a ovelha de volta para o curral, para que esteja de novo sob seus cuidados. A cruz é o instrumento de perdão. Com isso, Jesus quer dizer que: “Há perdão para a ovelha perdida”. “Há perdão para aquele que se afastou de Jesus Cristo”. E com a cruz, Jesus tira a ovelha da mira de seus predadores.

Lucas 15: 6 - Os amigos do Pastor são, na verdade, Deus o Pai, o Espírito Santo e os anjos de Deus. Jesus está dizendo que quando uma ovelha perdida é regatada, todos celebram porque é um Reino de amor.

Lucas 15: 7 – Neste versículo, Jesus cita o pecador que se arrepende, porém, antes, Ele diz sobre o resgate do Pastor que vem ao encontro da ovelha. Em momento algum Ele diz que a ovelha volta sozinha para casa. Não diz que a ovelha tem um momento de lucidez e volta sozinha. Isso nos leva a entender que esta parábola mostra a perspectiva de cima para baixo que está sendo contada.

Quando uma ovelha, ou melhor, quando uma pessoa se arrepende é o mesmo momento que o Pastor está colocando-a nos ombros. É a hora que o Pastor diz: “Vamos voltar para casa. Está na hora.”

Uma das coisas que essa parábola está nos ensinando é que quem concede o arrependimento ao pecador é Deus o Pai. Essa informação deve nos levar a orarmos para que Deus dê aos nossos amados, aqueles que ainda não se achegaram a Jesus, o arrependimento. Nós devemos clamar a Deus por isso.

Para confirmar que é Deus Pai Aquele que concede o arrependimento às pessoas, podemos ler 2 Timóteo 2:25 e 2 Coríntios 7: 9 e 10 onde mostram com clareza a este respeito.

Voltando ao versículo 7 de Lucas 15 lido anteriormente, há aquelas pessoas que apesar de serem pecadoras, acreditam cegamente que são boas, que não tem pecados e por isso não dependem de Jesus o Salvador. Essa condição vem de uma cegueira espiritual, pois não há ninguém que não tenha cometido pecados, há apenas pessoas que tem uma visão distorcida sobre si mesmas.

Os judeus, a quem Jesus estava se referindo enquanto contava aquelas parábolas, não são os únicos que se veem desta forma. Alguns cristãos também pensam como eles, se acham perfeitos e não sabem o quanto precisam do Senhor Jesus. O resultado disso é que eles invalidam o sacrifício de cruz do Senhor Jesus Cristo.

Lucas 15: 8 - A palavra diligência se refere a uma busca minuciosa, ou seja, procurar com cuidado algo de grande importância que foi perdido. Essa é a forma que Jesus trabalha para encontrar a dracma que foi perdida até que venha a ser achada. A dracma somos nós. Jesus usa dessa diligência para nos buscar nos lugares escuros. 

A lição trazida para nós é sobre o amor e o trabalho que Jesus teve a fim de alcançar o poder e a autoridade para exercer o perdão sobre as nossas vidas. Mas qual trabalho é esse? Jesus deixou o céu e veio para a terra, assumiu forma humana (corpo corruptível), viveu sem pecados, foi humilhado pelos judeus, não era bem-vindo na sua própria casa, foi tentado pelo diabo, passou pelo chicoteamento, teve seu corpo exposto, suportou a coroa de espinhos, os cravos e muitas outras coisas além destas. Este é o trabalho referido pelo profeta Isaías no capítulo 53, versículo 3.

Exatamente por causa desse trabalho é que Jesus escolhe fazer uma parábola sobre a “dracma”. O trabalhador que era remunerado por dia, recebia uma dracma. Assim, Jesus está ligando o trabalho de um dia por uma dracma com o trabalho de toda a Sua vida por um pecador. A intenção de Jesus em ensinar essa parábola é mostrar que nós valemos a vida toda de trabalho que Ele teve! Quando Jesus olha para nós, é assim que Ele nos enxerga. Que grande amor Ele tem por nós.

Lucas 15: 9 e 10 – Esse foi o preço pago para Ele poder nos perdoar, e agora o céu todo entra em festa por cada um de nós que nos arrependemos um dia e nos voltamos ao Pastor da nossa vida. Fomos resgatados, mas ainda há aqueles que precisam deste mesmo resgate. O céu celebra por cada coração que se rende ao Senhor Jesus Cristo.

Até aqui, Jesus nos ensinou sobre a visão do alto para baixo, ou seja, como Cristo nos vê. A partir de agora, na parábola do filho pródigo, será mostrada a visão terrena, portanto como o homem se vê. O que se passa aqui na terra. Ela fala do que o homem vive ao se afastar de Jesus Cristo e do homem que se acha autossuficiente para viver sem Cristo.

Lucas 15:11 – O homem a quem se refere na parábola é Abrão, homem de fé e pai de dois filhos que representam duas linhagens espirituais – a da fé e da lei, ou seja, os crentes em Jesus e os judeus. Junto aos judeus estão também os praticantes da religião que acreditam estar na fé cristã.

Para entender estas coisas, vamos estudar Gálatas 4: 22. Aqui são apresentados o pai e seus dois filhos. O filho mais velho é Ismael, gerado em Agar que é figura do concerto da lei (leia os versículos 23 a 25). O filho mais novo é Isaque que significa filho da promessa, figura da posteridade de Cristo, da linhagem da fé que começa em Jesus Cristo. Estes são participantes da família de Deus por causa da fé em Jesus Cristo (leia os versículos 26 a 31).

Lucas 15: 12 e 13 – Nestes versículos contam a visão do homem de fé sobre o seu passado. Ele considera que nunca mereceu o amor de Deus, porque abandonou a fé.

A palavra “dissoluto” foi colocada aqui para nos mostrar que este filho foi ensinado sobre os princípios e valores da família de Abraão, que são princípios da fé. Repentinamente ele se rebela e não quer mais viver como foi ensinado. Quer viver por si mesmo.

Essa é a parte onde a ovelha se perde, só que vista da terra. Atraído pelo brilho do mundo, vai à uma “terra longínqua” e sai da presença, sai da comunhão com Jesus o Pastor para seguir atrás de uma distração. Mesmo nessa condição, ele não passa a ter outro nome, ainda é chamado de filho

Lucas 15: 14 a 16 – Ao se desfazer de todos os ensinamentos, valores e princípios que recebera por parte de seu pai, começou a padecer fome de Deus. Agora já não sentia paz, sentia solidão, falta de esperança, falta de amor, falta de alegria e um grande vazio. Por se sentir assim, desejava suprir o vazio com as ofertas do diabo.

Isso acontece porque a fome distorce a visão das pessoas. Ninguém em plena razão deseja comer bolotas de porcos. Assim como, muitas vezes, olhamos para o nosso passado e pensamos: “Como eu pude cometer tal ato?” Cometemos coisas muito ruins quando passamos um período de fome por Deus, é nesse momento que aceitamos muitas ofertas do diabo para nos preencher.

Essa é a parte que a ovelha está sozinha e sujeita aos perigos das trevas.

Lucas 15: 17 – “tornando em si” quer dizer que ele despertou para a realidade do que estava acontecendo, a ilusão foi desfeita. Podendo até se perguntar: “Como vim parar aqui?”

A palavra “jornaleiros” nos ensina que os trabalhadores da casa de Abraão são pagos por dia, pois jornaleiros são aqueles que recebem pelo seu dia de trabalho. Os jornaleiros tem abundância de paz, se sente pertencentes à Cristo, tem esperança, enxerga o amor, não tem necessidade de serem preenchidos porque Jesus os satisfaz, eles têm alegria. É por isso que o filho quer voltar para casa e se tornar um dos jornaleiros, porque reconhece que a situação deles é melhor que a sua.

O pagamento dos jornaleiros feito diariamente mostra a ligação com a parábola da dracma perdida, pois é o valor de um dia de trabalho. Assim, Jesus mostra que recebemos do trabalho de toda a vida Dele.

Lucas 15: 18 e 21 - O filho arrependido diz que pecou contra o pai Abraão (contra a fé) e contra Deus. Mas aqui também mostra uma realidade que é quando um filho se revolta contra os pais, e não quer submeter-se a eles, estão na verdade desobedecendo e pecando contra Deus. Se você é filho, saiba que Deus deu a você um ministério para com seus pais. A palavra ministério significa servir. Quem serve seus pais em obediência, serve a Deus. Quando o filho pródigo se desfez de todos os princípios e valores de fé ensinados pelo pai, de fato pecou contra sua autoridade da terra e a do céu.

Ele deseja voltar, porém se sente indigno de voltar na posição de filho, ele entende que seria justo que ficasse na condição de um trabalhador (jornaleiro).

Lucas 15: 22 – Como sendo um homem guiado pela fé, o pai recebeu seu filho de volta. Neste momento, o filho não faz apenas as pazes com o pai, mas também com a fé. Entendeu que o que antes havia jogado fora era a verdade para a sua vida e, agora, ele deseja reconciliar-se com Deus.

Ao chegar em casa, o seu vestido era sujo e esfarrapado. Dentro do reino espiritual a condição de nossa veste está ligada ao pecado. Vestes sujas e esfarrapadas são sinônimo de uma vida de pecados, por outro lado vestes limpas são um indício de santificação em Cristo. Então, o pai vê a necessidade de que sejam trocadas as suas vestes.

O anel é a representação de pertencimento à família, assim como as famílias nobres tinham por costume antigamente. Ele voltou a pertencer à família da fé, está de volta à família de Deus.   

Alparcas nos pés tem o significado de um revestimento para pregar o Evangelho do Reino de Deus. Quando o filho volta para sua família celestial em Cristo, já tem autoridade concedida por Deus para pregar.

Lucas 15: 23 – O pai festeja a volta do filho com a morte de um bezerro. Este é o alimento da celebração do retorno do filho. Não pode haver arrependimento, nem retorno para a família celestial sem a morte de cruz do Cordeiro de Deus. Através dela foi que Cristo recebeu a autoridade para conceder-nos o perdão por nossos pecados. Aqui há ligação com as duas parábolas anteriores, pois é neste momento onde o Pastor coloca a sua ovelha nos ombros e onde a dracma é encontrada. Jesus está, mais uma vez, mostrando a sua graça.

Lucas 15: 24 – Reconciliado pelo sacrifício de sangue de Cristo, o filho reviveu. Saiu da morte espiritual que é a condenação eterna para a vida com Jesus.

Talvez você conheça alguém na situação do filho pródigo ou você se identifique com ele. Mas saiba que o Pastor veio hoje até você, buscando a ovelha perdida. Ele te coloca no ombro sobre a cruz para poder te inserir de volta ao rebanho. O maior desejo Dele é que você seja novamente parte desta família de Deus. Ele quer isso, porque é um Deus de amor. Ele te recebe sim. Coloque em oração o seu pedido de perdão a Deus por seus pecados como fez o filho pródigo e Deus trará para você uma nova veste, um anel no dedo e alparcas nos pés.

Lucas 15: 25 a 27 – O irmão mais velho veio ao encontro de sua casa, este é o que veio de Abraão antes de Isaque e não era da fé, mas justificava-se pelas obras. Ouviu a música da festa.

Lucas 15: 28 e 29 – Ele não quis entrar. O judeu e os religiosos não querem ser participantes das bodas do Cordeiro, da salvação e da herança em Cristo.

“O pai instava” significa que o pai persistia, insistia, convidava i filho a entrar, mas ele não queria. O evangelho veio 430 anos antes da lei, os profetas anunciaram Jesus, mas os judeus não o receberam.

A relação entre o judeu e a lei é a mesma entre o religioso com as doutrinas, por elas se acham justificados. Sem transgredir a lei não precisam de arrependimento. Na verdade, eles precisam porque são pecadores, mas é dessa forma que eles se enxergam. Eles não querem a graça e não querem Jesus, e até hoje esperam por um outro Messias.

Lucas 15: 30 – O versículo mostra o desprezo que os judeus tem pelos pecadores que acreditam no Salvador, sobre o qual disseram: “Este come com os pecadores”. Sim, Jesus recebe os pecadores e deu sua vida por esse motivo.

Lucas 15: 31 – Em outra ocasião (João 8) os judeus disseram a Jesus: “somos filhos de Abraão”. Jesus não negou, eles de fato são. Porém pela descendência espiritual de Ismael. Os judeus receberam benção terrenas de Abraão, mas conforme Paulo explica na parábola em Gálatas 22, eles não herdaram a fé e a salvação.

Lucas 15: 32 – Um ato de justiça do Pai Celestial foi prover o Cordeiro de Deus para lavar os pecados dos pecadores arrependidos, ao invés de dá-Lo aos que se consideram sem pecados.

 

22 de jul. de 2023

Avivamento

 A palavra avivamento vem de avivar e quer dizer tornar-se mais vivo, segundo o dicionário Aurélio. 

Segundo a Bíblia o que seria tornar-se mais vivo? Vamos encontrar a resposta em Mateus 25: 5 e 6. 

A Igreja do Senhor Jesus Cristo que viveu em 1.700 e 1.800 foi uma igreja bastante preocupada em levar o Evangelho do Reino de Deus para todas as nações, isso terminou em 1.900, restando pouquíssimos irmãos que trabalharam por esta causa. Foi também a partir de 1900 que a igreja se tornou amiga do mundo, querendo bens materiais, deixou de buscar o Reino de Deus em primeiro lugar e deixou de orar como faziam os nossos antigos irmãos, foi assim que a Igreja tornou-se improdutiva e todas as virgens adormeceram.

A Bíblia diz que quando o noivo está para chegar é que as noivas despertam do sono, ou seja, tornaram-se mais vivas (ativas).

Para a Igreja estar acordada, precisa voltar a pregar o Evangelho, se desprender da amizade do mundo esquecendo-se dos tesouros terrenos, buscar a Deus em primeiro lugar e orar muito. Tudo isso é necessário se cumprir para que o Noivo venha buscar as virgens prudentes. 

Focaremos nas virgens prudentes porque elas nos mostram a vontade do Pai para nós. Nos últimos anos, tenho notado sinais de uma Igreja que tem se colocado de joelhos, temos notícias do Evangelho sendo propagado em diversas línguas antes não alcançadas pela Igreja e até mesmo relatos de que o próprio Senhor Jesus Cristo está o fazendo o Evangelho conhecido  através de experiências pessoais para pessoas que nunca antes ouviram o Seu nome.

Quando a chegada do Noivo está sendo anunciada (consideremos aqui a intensificação dos sinais dos tempos e a quantidade de pregações e revelações trazidas pelo Espírito) as noivas acordam, se levantam e se preparam. É o que está acontecendo agora. Porém apenas as virgens prudentes tem o azeite para fazer que a lâmpada permaneça acesa. Uma parte dos nossos irmãos não consegue ver que o Noivo está chegando, parte deles estão com suas lamparinas apagando por falta de azeite. 

O azeite é o resultado da busca por comunhão com Cristo e obediência à sua Palavra. Manter a lâmpada acesa é manter-se na verdade, essa é a preocupação da noiva que é prudente. As virgens prudentes estão ativas, trabalhando com a finalidade de fazer conhecido o Evangelho do Reino de Deus. 

Explicando o que é Avivamento do princípio ao fim.

Atos capítulo 2 conta que os discípulos receberam o Espírito Santo de Deus, porém em Atos capítulo 1 o Senhor Jesus Cristo ensina os discípulos sobre o que eles e a Igreja são capazes de fazer quando o Espírito Santo vem sobre nós. Vamos ler o versículo 8. Uma vez que Deus Pai enviou seu Espírito para vir sobre os discípulos, não O retirou. O mesmo Espírito permanece disponível para toda a Igreja até os dias de hoje. 

O Espírito Santo deu aos discípulos a capacidade de testemunhar Cristo levando o Seu Evangelho primeiro à Jerusalém, mas alcançando também até os confins da Terra. A Bíblia que está em nossas mãos hoje é um testemunho de que esta Palavra se cumpre. Muito se tem trabalhado para levar o Evangelho do Reino de Deus por escrito ou oralmente a todas as nações. 

O livro de Atos conta que enquanto Pedro pregava o Evangelho, todos os que ouviam aquela mensagem estavam recebendo o Espírito Santo. O que isso nos mostra? Não é difícil receber do Espírito Santo. Ele é acessível. O Evangelho de Lucas nos ensina que o Pai dá o seu Espírito à todos aqueles que lhe pedem. 

O Espírito Santo traz consigo alegria, paz e justiça. Tem tanta gente pelo mundo sofrendo com sede disso. Tem tanta gente que não consegue ter alegria! Por outro lado vemos no livro de Atos que os apóstolos saíam alegres depois de apanharem por causa de Cristo. Como isso pode ser explicado?! 

Quem são os que trabalham para que o avivamento ocorra? João 12: 24 – Como é possível gerar vidas? Tornando-se uma semente mortificada. A morte do meu eu, o negar a mim mesma causa vida ao meu redor. A obediência à Cristo causa vida ao meu redor. 

As pessoas que desejam o avivamento tem um papel a desempenhar, tem um chamado a escutar, algo a se comprometer. Não fomos chamados para ficarmos olhando de braços cruzados, nós fomos chamados para agir. 

A história de Charles Finney (o apóstolo dos avivamentos): No século XIX perto da aldeia de New Your Mills, Charles Finney pregou cheio do Espírito Santo num prédio de uma escola pública à noite e na manhã seguinte foi visitar uma fábrica de tecelagem movida pela força da água do rio Oriskany. Naquele lugar estavam pessoas que compareceram ao culto na noite anterior e que conversavam sobre o poder de Deus derramado naquele lugar. Pouco depois do expediente iniciar, Charles Finney entrou na fábrica. Ele estava cheio do poder Deus de tal maneira que ao vê-lo, as pessoas começaram sentir a culpa pelos seus pecados e a se arrependerem. Ao passar perto de uma moça que emendava um fio no outro, ela caiu em terra chorando e isso foi contagiando a todos naquele lugar. Muitos tinham lágrimas nos olhos. O diretor, percebendo o que estava acontecendo, achou melhor que as pessoas cuidassem de sua salvação, então resolveu fechar as comportas, parar as máquinas e levar aquelas pessoas para um salão da fábrica. 

Essa é apenas uma de muitas histórias ocorridas na vida de Finney. O contágio do derramar do Espírito Santo é notável. As vezes, isso acontecia por quilômetros ao redor! 

Sobre a obra que Deus realizava através de Finney ainda se diz que era permanente e profunda. Fizeram uma pesquisa e descobriram que, das pessoas que se convertiam na pregação de Finney, mais de 85% das pessoas permaneciam fiéis a Cristo.  

Richard Baxter foi morar em Kidderminster em 1641. Segundo relatam, era uma da cidades mais condenáveis em termos de pecado e tinha um governo corrupto. Ele passou 40 anos ministrando naquele lugar e ao fim deste tempo, aquela era a cidade mais santa da Inglaterra. 

A vida destes dois homens são exemplos do que a Bíblia ensina sobre o trigo morto gerar vidas. 

1 Coríntios 7: 10 – “Tristeza, arrependimento e salvação”. O avivamento tem por característica a tristeza porque a pessoa abre os olhos para a sua própria condição, em seguida o arrependimento de pecados que opera para a mudança de vida e o resultado é a salvação. Quando Jesus esteve com Zaqueu foi exatamente assim que aconteceu, então Jesus disse: Hoje entrou salvação na sua casa.  

Mateus 24: 14 – Na versão interlinear do grego diz que o Evangelho do Reino será pregado por todo o mundo habitado para testemunho a todas as nações. 

O avivamento é o Evangelho cobrindo o globo. O avivamento é o Evangelho alcançando ovelhas e dracmas perdidas, é o chamado no coração dos filhos pródigos. Jesus mostrou nessas três parábolas de Lucas 15 qual é o desejo do Pai, ele é alcançar os corações de muitos que se perderam. O avivamento é o Espírito Santo nos capacitando para cumprir o desejo de Deus Pai onde todas as nações são alcançadas para a Sua glória. 

O avivamento é um derramar de arrependimento de pecados e amor por Jesus nos corações. 

É necessário que nos tornemos como o trigo morto e que as vidas sejam alcançadas para que venha o fim. A Bíblia trata de dois momentos neste mesmo capítulo. O primeiro é chamado de “o princípio das dores”, onde o mundo está vivendo os sinais que antecedem a vinda de Cristo. E esses sinais tem uma característica de, como dores de parto, se tornarem cada vez mais frequentes e fortes. O segundo momento é chamado de “fim” que é a destruição do mundo. O que separam estes dois momentos é a vinda do Nosso Senhor Jesus Cristo para retirar a sua amada Igreja. É aqui que Ele retira também o Seu Espírito, pois o papel do Espírito é zelar pela Igreja (João 14: 16, 17 e 18).

O Evangelho tem alcançado o mundo, a Palavra de Deus está se cumprindo. Basta que cada um de nós seja achado fiel para participarmos disso, esse é o momento que cabe a nós ouvirmos e obedecermos ao chamado de Deus. Orem por isso, sejam trigo morto e espalhem o Evangelho. 

11 de jul. de 2023

O CARÁTER DE JESUS REVELADO AOS SEUS AMIGOS

 Os amigos mais íntimos de Jesus o amaram tanto que deram suas vidas por Ele. O que eles notaram em seu caráter que os levaram a isso?

João 15: 13: Ele teve um propósito de dar a sua vida para nos fazer seus amigos.

15 Ele nos chama a sermos seus amigos. Com o sacrifício Ele elevou a nossa posição de servos para seus amigos.

O que é que tudo isso nos mostra? Que Jesus quer ser nosso Amigo, Ele deseja ser nosso Amigo. Falando sobre amizade, é possível ter um amigo a quem não amamos? Ele nos ama!

v. 7 e 11 - Nós podemos amá-lo também a partir do momento que notamos quem Ele é. Pequenas respostas de orações no nosso dia a dia, por exemplo, nos levam a amá-Lo ainda mais quando notamos o quanto Ele quer nos fazer feliz. 

É possível ser amigo de alguém que não confiamos? Seria possível confiar em alguém que não guarde seus segredos, por exemplo? Ou alguém que promete uma coisa e faz outra vez após vez? O caráter fiel define quem será ou não um amigo pra cada um de nós. 2 Timóteo 2: 13. Ele tem um caráter fiel. Quando nós confiamos naquilo que está escrito, vemos o agir de Deus nas nossas vidas. Ele deixou a Sua Palavra para que nós soubéssemos que podemos estar seguros. Como quando oramos baseados num determinado versículo e a resposta vem, porque Ele prometeu e é sempre fiel. As vezes nós esquecemos de usar a Palavra para pedir, mas os cristãos que são mais experientes já aprenderam que a Palavra nos ajuda a acessar o trono de Deus. Porque a Palavra é o próprio Jesus.  

É possível ser amigo de alguém que está sempre ocupado quando você o procura? Que nunca tem tempo para te ouvir? Quando o leproso chegou em Jesus, disse: Se o Senhor quiser, pode me curar. Jesus ouviu aquele homem em sua necessidade. Quando Jesus foi ao tanque de Betesda, perguntou ao paralítico: Queres ser curado? Jesus ouviu aquele homem em sua necessidade. Quando o cego Bartimeu clamava: Jesus, Filho de Davi... Então, Jesus disse a ele: O que você quer que eu te faça? O cego respondeu: Que eu veja. E Jesus ouviu aquele homem em sua necessidade. Quando os quatro amigos de um paralítico subiram até o telhado para que seu amigo fosse curado, Jesus ouviu a necessidade deles. Jesus se satisfaz em atender quando nós o Buscamos porque Ele é nosso Amigo!

É possível ser amigo de alguém que não abre os ouvidos e coração para te conhecer? Enquanto nós conversamos com uma pessoa e ela demonstra ter uma certa sensibilidade para nos ouvir, rapidamente aquela pessoa passa a ser um amigo pra nós. Normalmente levamos pessoas assim por muitos anos na nossa vida porque reconhecemos que a aquela pessoa parou tudo só para se preocupar conosco.  João 4: 16-18 Uma mulher desprezada por ser samaritana, por se casar várias vezes, e talvez por muitos outros motivos, de repente percebe que Alguém fez questão de parar tudo para prestar atenção nela. O quanto isso é poderoso!

Nós também passamos por espinhos nessa vida e saímos machucados, e é por isso que o nosso coração pede por esse Amigo. Ter um amigo é bom, mas só esse Amigo tem poder para curar feridas. A atenção que Jesus nos dá vai além do que uma pessoa pode oferecer.

Jesus é atencioso. Ele sabe dar o remédio certo, na medida e na hora que mais precisamos.

 Mateus 8: 1 a 3 – O texto diz nos três evangelhos onde é relatado esse milagre  que Jesus “estendeu a sua mão e tocou” num homem que provavelmente andava cheirando mal, esfarrapado e enfermo. Mas não era qualquer enfermidade que aquele tinha, era contagiosa. As pessoas passavam longe de pessoas nessas condições, quando os leprosos se aproximavam dos judeus apanhavam. Jesus tinha poder suficiente para curar aquele homem de longe, mas Ele quis tocar no leproso. Jesus fez um milagre dessa maneira porque Ele queria alcançar o coração dele e o nosso também.

Lucas 8: 43 a 48 – Aquela mulher vivia reclusa, porque a lei dizia que a mulher no período menstrual era imunda. Há doze anos ela não era uma pessoa em família ou qualquer outra convivência. Se você perguntar a uma pessoa reclusa, ela vai dizer que as coisas mais simples são as que fazem mais falta. Não ter isso por longo tempo machuca bastante o coração. Essa mulher quando foi procurar Jesus, além de enferma, estava toda quebrada. Nos três evangelhos onde são relatados essa cura está escrito que Jesus a chamou de filha. Por que Ele a chamou de filha? Por que Ele não chamou o centurião de filho? Ou a mulher samaritana? Ou Bartimeu? Por que ela? Porque Jesus sabia que ela precisava desse gesto e Ele correspondeu.

Mateus, Marcos e Lucas tinham a missão de resumir três anos do ministério de Jesus em um documento que hoje cabem em média em uns 20 capítulos apenas. Ao relatar a história de Jesus, eles procuraram ao máximo enxugar os detalhes, mas eles acharam importante relatar que Jesus tocou no leproso e chamou aquela mulher de filha. O que eles queriam passar pra nós?

Ao tocar no leproso e ao chamar a mulher do fluxo de sangue de filha, Jesus mostrou mais um traço de seu caráter. Jesus é gentil, Ele é amável com os que O procuram.

Outra situação que Ele mostrou sua amabilidade foi quando recebeu as crianças. Os adultos não costumam se importar tanto com as crianças, eles tem a sua agenda cheia demais para ter tempo pra elas. Naquela ocasião não era diferente, os discípulos tentaram afastar as crianças para que elas não atrapalhassem a agenda de Jesus. Mas o nosso amável Senhor corrigiu isso e recebeu as crianças. Acredito que Ele deu um abraço em cada uma, porque Ele é gentil.

Os primeiros amigos de Jesus viram todas essas coisas descritas nos Evangelhos, eles morreram por Jesus porque O consideraram Digno disso. Eles conheciam bem o caráter de Jesus Cristo.

Quero lembrar aqui o  testemunho da tia Esther que viralizou a alguns anos atrás. Ela disse que estava se sentindo tão sozinha e clamou por Ele. Então, Ele veio e deu um abraço nela. Não podia ser diferente disso, porque Ele não pode negar quem Ele é. Ele é gentil e muito carinhoso. Ele é a pessoa que abre os braços pra nos receber mesmo conhecendo quão pequenos nós somos! Ele está a espera de cada um de nós.

Em tudo isso, podemos notar Jesus como um Amigo verdadeiro. Ele de fato faz tudo isso por nós. Mas a minha necessidade é de ser amiga Dele também e fazer o que eu puder para isso. João 14: 21-23 Jesus se manifesta aos seus amigos. Quem são os seus amigos? Aqueles que guardam a Palavra. Guardar a Palavra não é decorá-la, é obedecer fielmente ao que Ele nos ensinou.

Quando falamos em obedecer a Palavra de Deus, as pessoas já se consideram indignas e tendem a desistir. Mas não é assim que funciona.

Tenho pedido a Cristo que opere dentro de mim para que eu seja sua amiga, pois a Palavra diz que “sem Ele nada podemos fazer”. Quando eu peço isso, sinto imediatamente Ele me dizer que preciso pregar o Evangelho. Eu não quero resumir tudo o que a obediência significa em apenas pregar, mas Ele nos ensinou a amar os outros. Como devemos amar as pessoas e permitir que elas continuem vivendo num deserto sem Cristo? A nossa vida tem cor e alegria por causa Dele, Ele é a nossa constante razão de alegria. É Ele quem nos ajuda e abençoa a cada momento. Como podemos amar e ao mesmo tempo privar as pessoas de conhecerem Jesus?

Também como parte da Igreja, individualmente, temos a missão de corresponder ao chamado de Jesus. A Igreja é chamada a levar o Evangelho à todas as nações e gentes. O tic tac do relógio nos avisa que temos pouco tempo para amar as pessoas e obedecer Cristo.  

3 de abr. de 2023

QUATRO PONTOS PARA ORAR

O estudo apresenta tópicos e suas referências afim de ser estudados e colocados em oração, seja por si mesmo ou em intercessão por outras pessoas.

Cada um dos temas é interligado ao outro, bem como peças de um só quebra-cabeças.

 

1 – Santificação:

·        Não cumprir os desejos da carne, mas andar no espírito – Rom. 8:1;

·        Santificação dos nossos desejos, objetivos, vontades, etc; que sejam todos voltados para o Reino de Deus – Rom. 8:5;

·        Ser amigo (a) de Deus – Rom. 8:7;

·        Agradar a Deus – Rom. 8:8;

·        Receber vida espiritual – Rom. 8:13.

 

2 – Ser habitação do Espírito Santo

·        Ser livre da lei do pecado e da morte – Rom. 8:2;

·        Ter a presença de Jesus em nós através de seu Espírito – Rom. 8:10;

·        Ter a presença de Deus Pai em nós através de seu Espírito – Rom. 8:11;

·        Receber vida ainda neste corpo terreno pelo Espírito – Rom. 8:11;

·        Libertos da escravidão do pecado – Rom. 8:15;

·        Testificação da obra completa de Deus em nós por meio do Espírito – Rom. 16;

·        Conhecer a herança que possuímos junto à Cristo – Rom. 8:17;

·        Termos as primeiras obras do Espírito em nós e também a expectação pela redenção – Rom. 8: 23;

·        Termos o socorro do Espírito para os momentos que enfraquecemos na fé, cuidando de nós por meio de sua ajuda para nos lembramos da Palavra de Deus e direção para a oração – Rom. 8:26 e Jo. 14:26;

·        Ter o amor de Deus em nossos corações – Rom. 5:8.

 

3 – Ter a Direção do Espírito Santo

·         Guiados pelo Espírito para cumprir a justiça da lei – Rom. 8:4;

·         Guiados pelo Espírito Santo para a santificação dos nossos desejos – Rom. 8:5;

·         Guiados pelo Espírito para alcançar vida e paz – Rom. 8:6;

·          Conduzidos a viver no espírito pelo Espírito Santo de Deus – Rom. 8:9;

·       Guiados pelo Espírito para que sejamos gerados novamente como filhos de Deus (um novo nascimento, nova vida, nova mente) – Rom. 8:14;

·          Por meio Dele sermos levados a um relacionamento íntimo de filhos que podem chamar a Deus de Abba (Expressão carinhosa para chama-Lo de Pai) – Rom. 8:15;

 

4 – A Palavra de Deus

·             Que a Palavra de Deus habite nos nossos corações – Col. 3:16;

·        Que a Palavra traga a sabedoria necessária para cada decisão, cada passo, cada ação, gesto e palavra da nossa boca – Col. 3:16;

·        Que possamos ensinar e admoestar nossos irmãos pela tua Palavra para a edificação do corpo de Cristo - Col. 3:16;

·           Sermos limpos pela Palavra – João 15:3;

·           Sermos novamente gerados pela Palavra – 1 Pedro 1:23;

 

 

 

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