8 de mar. de 2020

Avivamento


A alguns anos atrás a Palavra Avivamento perdeu seu significado original por causa de algumas correntes que ocorriam pelo mundo como cair no espírito, dente de ouro, etc. Mas o sentido original da palavra avivamento tem sido resgatado nos últimos dias que é em essência “receber a vida de Deus que está em Cristo”. A Palavra nos diz: Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens (João 1: 4).

O que acontece quando alguém é avivado? Ao receber a vida de Deus ninguém pode ser mais o mesmo, mas é transformado, cadeias espirituais são destruídas e vidas são libertas.

O avivamento ocorre quando uma pessoa recebe o Espírito Santo, não uma emoção de um momento, mas é a força que nos move a dedicar nossa vida à Cristo sem a possibilidade de voltar atrás. Está ligado ao nascer de novo. Quando uma pessoa nasce do Espírito percebe que a vida que teve até aquele momento não era vida, mas a verdadeira vida está em Jesus. E que ela não depende de estar nesta terra ou não estar. Ela excede a vida natural.

O apóstolo Paulo, depois de receber desta nova vida descreveu: O viver é Cristo, o morrer é lucro (Filipenses 1: 21). Pois, tendo a vida de Deus em nós, vivemos única e exclusivamente com o nosso desejo nas coisas celestiais, o mundo e suas ofertas já não fazem mais efeito sobre nós. Enquanto estamos aqui aproveitamos cada momento para construir algo para e pelo Reino de Deus, sabendo que logo receberemos o galardão por isso. Quem está aqui, está conectado lá, e quando partir, receberá tudo aquilo que um dia desejou e mais.

A primeira sensação da pessoa que recebeu esta nova vida é o arrependimento. Ele passa a enxergar-se a si mesmo, seus pecados e o quanto esteve longe do Salvador. Esse arrependimento é uma parte do processo e necessário para a santificação. É a partir dele que a pessoa entende a dependência do Senhor Jesus Cristo.

Onde e como ocorre um avivamento? Ele se parece com um ribeiro onde a nascente é a oração de uma pessoa, e o ribeiro segue se tornando cada vez maior contagiando vidas. Onde houver oração, haverá um avivamento. Foi o que aconteceu quando Jesus orou por seus discípulos, quando receberam a vida de Deus foram transformados de homens medrosos para homens dispostos a dar suas vidas, e duas semanas após o dia de pentecostes eram cerca de 10.000 pessoas contagiadas. Foi o que aconteceu na Reforma Protestante, homens que lutavam em oração em seus quartos sobre as verdades que recebiam ao ler o Novo Testamento. Todos os homens que mais influenciaram o mundo através da pregação do Evangelho eram homens de oração.

A temida rainha Mary Tudor, que matou um grande número de cristãos, disse: “eu tenho mais medo da oração de John Knox do que de um exército de dez mil homens”. Ela sabia o poder que tem uma oração.

Se por um lado hoje no mundo existe um Evangelho degradado, por outro percebemos um mover especial do Espírito Santo chamando muitas pessoas e em muitos lugares para receber a vida de Deus. Tenho visto acontecer em diversos países assim como tem acontecido no Brasil o cumprimento da Palavra de Deus no que diz respeito ao Evangelho do Reino de Deus ser pregado em testemunho à todas as gentes.

Onde está a nossa parte nesta história? Aquele que já conhece a Jesus o que deve fazer? Eu quero abordar dois pontos muito importantes:

O primeiro: Talvez você conheça a Cristo, mas sente que o seu desejo pelo Reino de Deus tem estado adormecido. Ore pedindo a Deus um avivamento para a sua vida, porque Ele trará pra você um ânimo novo.

O segundo: Se você gostaria que este movimento de avivamento chegasse ao seu local de trabalho, à sua escola, aos que convivem com você, à sua cidade, que fosse intensificado em todo o território Brasileiro ou no mundo, a chave sempre foi e sempre será a oração. A oração de cada irmão impulsiona o avivamento.

Ninguém é pequeno ou indigno demais para clamar a Deus por um avivamento, esse tipo de pensamento não passa de uma estratégia suja do Diabo. Veja o que Rick Warren declarou: “Satanás tenta limitar a sua oração, porque ele sabe, a sua oração vai limitá-lo”.

1 de mar. de 2020

Finanças Pessoais


Mesmo a nossa forma de lidar com as finanças podem ou não honrar a Cristo e podem ou não dar testemunho de Cristo na nossa vida. Para a surpresa de muitas pessoas, a Bíblia fala muito a este respeito, ela nos orienta a andar conforme a doutrina de Cristo e dar testemunho Dele mesmo em nossa forma de comprar, ter, gastar, planejar, etc.

1 Timóteo 6: 3 a 12 - Assim como Cristo foi, nós precisamos seguir. E Cristo não teve apego às coisas desta vida, nada nesta vida foi capaz de atrair a atenção de Jesus. Assim também a nossa atenção precisa estar voltada ao Reino celestial.

Segundo Paulo, dentro deste assunto, o que leva o homem a cair em tentação? Ou seja, o que leva o homem a estar amarrado ao mundo e longe do caminho do Salvador? A vontade de ter mais: vestir-se melhor, um armário mais cheio de comida ou comer fora mais vezes, mais conforto para seus filhos, uma casa maior, um carro mais confortável. Todas as vezes que experimentamos algo bom, queremos ter mais daquilo. E para suprir estas coisas o homem está sempre querendo crescer financeiramente, portanto ele vai em busca de horas extras de trabalho, ou um outro trabalho que lhe traga um salário melhor, porém a sede nunca é saciada, há sempre o desejo de mais. Neste caminho, algumas pessoas encontram algumas oportunidades de ganhar dinheiro fácil (sem trabalhar) o que em nada dá testemunho de Cristo.

A ambição faz com que a pessoa fique cada vez mais presa à este mundo. Um outro aspecto da ambição é que quando uma pessoa quer além daquilo que já é seu, está tirando a parte de outra pessoa. Posso dizer que enquanto uma pessoa quer ganhar mais está roubando o que é do outro. Uma pessoa trabalha numa determinada empresa que tem vinte funcionários, um destes funcionários é especializado, super profissional e já ganhou diversos aumentos por isso, na verdade o que a empresa enxerga é que ele ocupa o lugar de três funcionários e por isso o valoriza.  Neste mesmo caminho, hoje existem empresas que controlam os preços dos alimentos lá em cima enquanto parte do mundo passa fome. Aqueles que se envolvem com estas coisas estão muito longe de Cristo.  

O que podemos fazer que vai concordar com a doutrina de Cristo? Sentir-se satisfeito com pouco, não desejar um salário cada vez maior. Se formos analisar a nossa condição de peregrinos nessa terra, uma condição humilde não será algo que incomoda. Mas se esperarmos viver por muito tempo na terra, estaremos buscando sempre mais.

E quando a pessoa ganhava mais e passa a ganhar menos, o que fazer? Deveria procurar um segundo emprego, trabalhar mais para suprir as necessidades? 2 Timóteo 2: 4 - Quanto mais nos envolvermos com o mundo, mais ficaremos embaraçados com ele, ou enlaçados por ele. O que podemos fazer é nos reajustar à realidade, diminuir nossos gastos, nos adequar.

Quando a pessoa pensa em trabalhar mais para suprir a falta de algo, quanto mais ela trabalha, menos tempo tem para Deus até se afastar por completo e este é o propósito do inimigo. Uma das estratégias de roubo do inimigo é com relação ao nosso tempo. Isso só acontece quando a pessoa não está disposta a ter o suficiente para um peregrino nesta terra, alimento e um teto, uma vida humilde. Quanto mais bens se tem, mais problemas se tem também, mais carros, casas, mais problemas temos. Quanto maior é o valor do patrimônio (tudo o que a pessoa adquiriu durante a vida) também se exige maior trabalho para mantê-lo, por exemplo, um super carro exige um bom seguro, quando quebra é um valor absurdo para consertar, etc.  

Na verdade, o cristão precisa de muito pouco para viver. Vou falar de uma escravidão que vejo todos os dias à minha volta. Existem mulheres tomadas pelo desejo de ser bonitas, mulheres que compensam o seu ser vazio pela imagem e para isso dedicam todo tempo e todo recurso para ter um cabelo perfeito, uma aparência desejada. Tudo o que é excesso, é ruim. A Bíblia diz que a mulher cristã tem uma beleza que não é produzida por jóias e adornos, assim também a mulher cristã não é escrava da beleza. Esse é um exemplo das muitas riquezas que se buscam na terra. Para se alcançar qualquer tipo de riqueza o que é necessário? Um bom salário, tempo, estudo, tudo o que é fora do equilíbrio, tudo o que exige demais da pessoa é uma escravidão.

Ao invés de trabalhar muito para viver conforme se deseja, volte seu desejo para as coisas espirituais como o de Cristo. Se você fizer isso, a quantia que receber será o suficiente para viver.

Mateus 6: 19 a 34 - fala exatamente a respeito destas coisas, quanto mais você busca nesta vida mais longe está de servir a Cristo. E não é porque alguém se esforça, trabalha demasiadamente que vai ter o que quer, porque o reino espiritual trabalha para impedir, assim os anos passam, a vida passa e nada alcança, ou o que alcança não é capaz de satisfazer seu desejo.

Só há uma maneira de termos exatamente aquilo que precisamos em medida justa, nem menos nem mais, com satisfação e paz no coração, que é Buscar primeiro o Reino de Deus, obedecer sua vontade, e as coisas das quais precisamos virão livremente para nós.

Se Jesus estiver em primeiro lugar na vida de uma pessoa, mesmo tendo uma vida humilde será o suficiente, haverá satisfação e gratidão neste coração.

Lembremos-nos do exemplo de vida do Salvador, que por suas palavras disse: “Não tenho onde reclinar a cabeça”. Nosso Salvador não foi rico, não pode haver em nós o desejo de ser.

Compulsividade – O desejo de gastar de forma descontrolada vai contra o fruto do Espírito Santo que é temperança. Algumas pessoas com esse desejo de comprar de forma destemperada, acabam até gastando o seu salário antes mesmo que recebê-lo. Muitas vezes são até coisas sem necessidade, muitas vezes compra e depois o objeto comprado fica encostado sem uso. Para manter esse desejo de comprar a pessoa faz uso do crédito (ela não consegue esperar para ter), esperando ter o dinheiro para pagar depois. Mas no meio desse tempo acontecem os imprevistos e o crédito torna-se uma maldição.
Para quem não quer estar na prisão do crédito, precisa aprender a esperar ter o dinheiro para depois comprar. E se não tiver, não comprar.

E quando a pessoa está em dívida, o que fazer? Vamos examinar como é contraída uma dívida. Um possível exemplo seria: A pessoa achou que receberia um valor que pode ser um salário, uma comissão ou algo do tipo, e comprou algo de seu interesse em parcelas, fez um financiamento. Mas de repente algo aconteceu que aquele valor esperado não entrou, talvez um desemprego, um problema, etc. Sempre que assumimos um pagamento à prazo, seja ele longo ou curto, não temos conhecimento do que pode vir a acontecer. Sendo assim, o melhor é só comprar caso tenha a quantia em mãos, não fazer financiamentos.

A questão do empréstimo também cabe na mesma situação, usamos um empréstimo para adquirir algo. O empréstimo é chamado pela contabilidade de “valor de terceiro” porque você faz uso do valor de outra pessoa para comprar algo pra você. Esse terceiro pode ser um banco ou uma pessoa próxima. Em nenhum dos casos é uma coisa boa a se fazer, bom mesmo é ser satisfeito com o que temos e não almejar coisas maiores. Ao contrário, o reino espiritual tem legalidade para impedir a nossa vida, é por isso que é tão difícil pagar um empréstimo.

A Bíblia fala muito a respeito de como honrar a Cristo com as nossas finanças:

  • ·         A oferta da viúva pobre  (Lucas 21: 1 a 4) exemplo de desprendimento.
  • ·         O jovem rico  (Lucas 18: 18 a 27) que tinha trabalhado a vida toda em busca de construir seu patrimônio.
  • ·         Marta e Maria (Lucas 10: 38 a 41). Marta afadigada no trabalho e Maria desejava o Reino do céu.
  • ·         A parábola do rico insensato (Lucas 12: 13 a 21) o homem que queria trabalhar e construir um bom patrimônio para o futuro.

...
O convite de Jesus para negar a nós mesmos também inclui a nossa forma de lidar com dinheiro, com o tempo, recursos. Algumas pessoas levam isso a sério e tem suas próprias necessidades em tão baixo valor que conseguem, com muito pouco, suprir a necessidade de outras pessoas. Estava lendo a biografia de George Muller e várias coisas são úteis para o nosso exemplo, mas o que me tocou profundamente é que ele era bem mais pobre que eu quando decidiu cuidar e evangelizar os órfãos daquele lugar devastado por uma doença fatal e por desemprego. Quantos de nós temos um carro? Ele não tinha, fazia tudo a pé. Quantos de nós temos casa própria? Ele não tinha, pagava aluguel e mesmo assim cuidou de 2000 órfãos.

 Mateus 19: 21 – George Muller era pobre no mundo, porém rico para com Deus. Ele ficou conhecido por suas orações que eram sempre respondidas, e agora eu sei que em obediência a Deus ele era perfeito.

Quando George Muller se casou, levou a senhora Muller para morar na casa que ele já vivia quando era solteiro. A casa era bem simples. Mas ela ganhou algumas pratarias e porcelanas da família dela e colocou nas prateleiras e paredes enquanto George estava trabalhando. Quando ele chegou em casa e viu aquilo, o coração dele se encheu de tristeza por ter que ele entendia que o desejo por luxo é desejo pelo mundo. Ele pediu pra esposa se desfazer de todo aqueles adornos e no dia seguinte, quando ele voltou pra casa ela havia vendido tudo e entregou o dinheiro para que ele usasse conforme quisesse.       
O que podemos aprender com a vida de George Muller? O final da obra da vida dele foi algo muito grande, mas começou por pequenas decisões no sentido de reduzir a importância de suas próprias necessidades à quase zero.  






Amigo(a) do blog, deixe seu comentário

Amigo(a) do blog, deixe seu comentário