1 de dez. de 2017

DESMISTIFICANDO O AMOR

Por que se faz necessário buscar a verdade sobre o amor? As pessoas falam o tempo todo sobre o amor, cobram amor, dizem que Deus se revela quando damos um alimento à um faminto, etc. Posso afirmar que a essência do amor verdadeiro não é conhecida pela maioria das pessoas.

É claro que o amor terreno faz parte do nosso dia-a-dia. Amamos nossos filhos, amigos, parentes, amamos nosso trabalho, a escola, a nossa casa, etc. Porém, chega um momento onde o amor terreno quer exceder o amor celestial e neste exato momento, a decisão precisa ser baseada apenas no amor de Deus.

Hoje, entre os cristãos, está havendo uma confusão entre o amor do mundo e o amor de Deus. E por não conhecer o amor que provêm de Deus, as pessoas cometem erros nas suas escolhas. O amor celestial nos serve para direcionar as nossas decisões.

Para conhecer o amor real precisamos filtrar as falsas idéias sobre ele, vejamos então o que não é o amor de Deus no texto que está em 1 Coríntios capítulo 13 versículo 3. O versículo fala sobre distribuir a própria fortuna aos pobres, está falando claramente sobre caridade. Uma pessoa pode ser caridosa sem conhecer o amor de Deus.

A caridade é algo muito bom. Ver um necessitado e ajuda-lo é algo maravilhoso! Porém é uma atitude humana, ou seja, é de se esperar que todas as pessoas ajam assim. O que significa que ao falar de caridade não estamos falando do amor de Deus. Há de se lembrar aqui que a salvação não é conquistada através das obras, mesmo falando de algo tão bonito quanto à caridade.

O fato de levar uma cesta básica à uma família vai servir para alimentá-los temporariamente, mas não vai servir para salvar uma família. Se você quiser que essa família seja salva, vai precisar levar o alimento espiritual, o Pão da vida que é Cristo.

Ainda no mesmo versículo diz que pode alguém entregar-se à morte por outro e não ter o amor de Deus. Isso acontece no amor à família, por exemplo, pode um pai ou uma mãe entregar-se no lugar de um filho e ainda assim não conhecer o amor de Deus.

Versículos 4 a 7 – Uma das características que difere o amor da Terra com o amor de Deus é que o primeiro é volátil. Por exemplo, pode uma mãe que criou o seu filho com muito amor e dedicação, deixar ele morrer entregue às drogas por não aguentar mais tal situação. Ou alguém que ame um irmão hoje e amanhã não o amar mais.

Passemos então a esclarecer o que é de fato o amor de Deus.

João capítulo 3 versículo 16 - Quando Deus enviou o Seu Filho dispôs de Tê-lo, entregou a vida do Seu Filho nas mãos de homens pecadores e cruéis. Tudo isso para que os homens fossem salvos. Ou seja, o amor é capaz de sacrificar, é capaz de negar os seus próprios direitos em benefício à outro.

Colossenses capítulo 1 versículos 13 e 14 – Cristo é chamado de Filho do Amor do Pai, porque o mesmo amor que moveu o Pai à entregar o Seu Filho, também moveu o Filho à entregar-se a Si mesmo. Mais uma vez, podemos ver com clareza que o amor verdadeiro está ligado ao sacrifício e ao negue-se a si mesmo. Essa atitude foi capaz de nos inserir no céu, na herança de Cristo.

O amor puro e verdadeiro está operando em nós quando somos capazes de cumprir o negue-se a si mesmo, quando sacrificamos a nossa vontade para ligar alguém à Cristo.

Como percebemos o amor de Deus em nós ou nas pessoas?

Nas escolhas do dia-a-dia. Quando uma pessoa preocupa-se com o seu testemunho de vida, sabendo que uma atitude incoerente com a de Cristo pode desligar pessoas através do escândalo – 1 Coríntios capítulo 10 versículos 32 e 33.

No cumprimento do Ide. Quando Cristo veio à essa Terra, sua intenção era nos libertar do poder das trevas. Logo, quando levamos o Evangelho de Cristo para as pessoas fazendo com que elas sejam libertas (tirando-as do poder da potestade das trevas), estamos cumprindo o amor.

Na prática de ensinar o Evangelho. João capítulo 13 versículo 1 – “Jesus amou-os até o fim”. Sabendo Jesus, que os discípulos disputavam entre si sobre quem seria o maior dentre eles, ensinou a servir. Jesus não lavou os pés para ensinar um ritual, Ele lavou os pés para ensinar que não deve haver orgulho em nós. A prova do que estou dizendo está nos versículos 13 a 17.

Jesus ensina e os que O obedecem são libertos a cada dia. Todos os ensinamentos de Cristo estão baseados no que Ele conhece à respeito do reino espiritual, portanto, tudo o que Ele diz para fazermos é no sentido de sair debaixo do que o reino maligno nos impõe. Logo, na prática dos ensinamentos de Jesus Cristo recebemos libertação. Por isso, cada vez que ensinamos o Evangelho a outras pessoas, mostramos a elas o caminho da obediência e por consequência a libertação.

Ressalto que não há o Ide e não há o ensinar sem que haja dedicação, ou seja, para exercê-los é necessário passar pelo Negue-se a si mesmo.

No perdão, porque para perdoar é necessário passar por cima do amor a si mesmo. Quando Estevão perdoou aqueles que estavam atirando pedras contra ele, abriu o caminho dentro do reino espiritual para que Saulo fosse ligado à Cristo.  

No dar a outra face. Quando te ofenderem, ou te baterem, o ato de não corresponder (pagar na mesma moeda) traz consigo o negue-se e mostra o amor.

Quando Jesus nos ensinou a orar pelos que nos maltratam e perseguem, estava ensinando o amor. Jesus ensina que não devemos amar apenas os que nos amam. Porém Jesus ensinou a amar através da oração, no nosso quarto, no secreto com Deus. Já no outro amor, o que não é verdadeiro, tudo é aparente.

Todas estas coisas fazem parte do amor de Deus, o amor que é verdadeiro, é longânimo, fiel e está totalmente revelado na Palavra de Deus.

Existem pontos onde os dois amores se contradizem. Volto a dizer que o amor terreno está presente no nosso dia-a-dia, porém nos pontos onde os dois se chocam devemos fazer a escolha certa, ou seja, basear-se no amor que vem de Deus o Pai.

João capítulo 6 versículos 60 a 68 – Jesus disse à eles toda a verdade, e quando fez isso já sabia que muitos iam abandonar a fé. Ele tinha, portanto, uma escolha a fazer: Não dizer a verdade e ficar com todos por perto, ou falar a verdade e ficar com apenas 12 ao seu lado.


Jesus escolheu dizer a verdade, Ele escolheu não se omitir. O fato de Jesus não dizer meias verdades é porque elas resultam em condenação eterna. Se Ele fizesse isso, estaria condenando todos à morte (os doze e os demais que andavam com Ele). Seriam em muitos, porém todos mortos. 

Que o amor de Deus o Pai, a graça do Senhor Jesus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós. Amém!

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