18 de out. de 2014

Perdoai a nossa dívida, assim como nós perdoamos os nossos devedores.

Este estudo bíblico se baseia na parábola do credor incompassivo ensinada pelo Senhor Jesus Cristo. Toda parábola por Ele ensinada vem revelar algo que antes estava encoberto sobre o Reino de Deus. Essa parábola, da mesma forma, manifesta algo que antes de Cristo não era praticado – o perdão.

Mateus capítulo 18 versículos 23 a 25 diz a respeito de uma dívida muito alta. Essa é a pendência que toda a humanidade tinha para com Deus o Pai, pois nascemos de baixo do pecado.

Tendo recebido esta herança do pecado pela semente de Adão (a semente carnal) como nos separar dela? A carne não se separa do pecado. Portanto, de forma nenhuma poderíamos pagar essa dívida tão grande.

A parábola mostra que o servo, a mulher, seus filhos e seus bens seriam vendidos. Aqui Jesus ainda não havia entrado na história, isso quer dizer que esta é a condição de todo aquele que não recebe Jesus na sua vida. Esta pessoa, sua família e tudo quanto possui está sujeita à vontade dos principados, potestades e poderes das trevas.

Os versículos 26 e 27 no mesmo texto fala que Deus Nosso Pai perdoou-nos a dívida e esta é a parte que Cristo passa a fazer parte da história. Cristo é a propiciação pelos nossos pecados – 1 João capítulo 4 versículo 10.

O sangue de Cristo derramado na cruz do calvário é a liberação do nosso pagamento da dívida. A justificação que nós não poderíamos ter por nós mesmos, Ele nos concedeu.
Em 2 Coríntios capítulo 5 versículos 18 e 19 o apóstolo Paulo nos ensina que Deus o Pai trouxe-nos para perto Dele através de Cristo pelo sacrifício.

A nossa dívida era impossível de ser paga por nós mesmos, ela era bem maior do que qualquer esforço nosso pudesse alcançar. Mas veio o Cordeiro de Deus, imaculado, nos remir através da sua carne e do seu sangue. Ele pagou a dívida em nosso lugar.  

Não é possível compreendermos o amor de Deus que estava em Cristo neste momento, porque Ele é um amor sacrificial. Mas esse amor não é para ser compreendido, é para ser recebido e aceito por nós. Só isso, já basta.

Quando Jesus nos perdoou, já conhecia a trajetória da nossa vida toda, quero dizer com isso que Ele tinha ciência de todos os nossos pecados, desde o primeiro ao nosso último dia de vida. E mesmo assim, Ele os assumiu para Si, levando-os para a cruz.

Jesus tem para nós todo o perdão que precisamos. Sempre que nos arrependemos e pedimos perdão, sim, Ele nos perdoa – Lucas capítulo 17 versículo 4. Então, quando Jesus tem a conversa com Pedro que está registrada em Mateus capítulo 18 versículos 21 e 22 estava falando do que Ele mesmo pratica conosco. Na verdade, Cristo disse 70 x 7 porque Pedro perguntou se teria que perdoar 7 vezes, mas, se necessário for, Ele nos perdoa 80 x 8  ou 90 x 9. Não importa qual o tamanho da nossa dívida, Ele nos perdoa. 
Certa vez, eu tive um receio, logo que comecei a ter visões com o reino espiritual e entender o quanto somos observados por eles. Então perguntei ao Senhor Jesus: como eles nos veem? E Ele me mostrou que os demônios nos enxergam com vestes brancas com pingos de sangue nela.

A parábola do filho pródigo mostra que Deus o Pai troca as nossas vestes. Esta veste que é tirada é suja pelo pecado, e a que é colocada no seu lugar é lavada (branca) porque Jesus nos justificou. Em 1 Pedro capítulo 1 versículo 2 o apóstolo Pedro nos ensina que todos aqueles que creem em Jesus são: Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas.  Ao encontrar este versículo, também encontrei a explicação da visão que tive e agora compartilho com vocês.

Jesus ensinou na oração do Pai Nosso: Perdoai a nossa dívida assim como nós perdoamos os nossos devedores. Ao dizer estas palavras, Ele nos ensinou que não só temos que pedir perdão ao Pai (ainda que esse perdão já aconteceu lá atrás, mas para que seja feita conforme a vontade de Deus) como também que perdoar alguém que tenha feito um mal para nós. Ou seja, há uma condição para que uma pessoa (eu ou você) seja perdoada por Deus o Nosso Pai, e essa condição é que essa pessoa também passe isso a diante, perdoando os outros. Isso está em Mateus capítulo 6 versículos 12,14 e 15.

Em outro momento Jesus disse: “Com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós” Mateus capítulo 7 versículo 2. Se com perdão nós medirmos os outros, com perdão seremos medidos, se cobrarmos a dívida dos outros também assim seremos cobrados.

Voltemos então à parábola do credor incompassivo, Mateus capítulo 18 versículos 28 a 30 onde estão algumas palavrinhas que quero esclarecer porque estão contidas alí.
Conservo – significa um outro servo do mesmo Rei. Nosso próximo é este outro servo.
100 dinheiros – Nesta parábola, Jesus usa quantias para dar um exemplo claro. A comparação entre 10.000 talentos à 100 dinheiros é mesmo que comparar a nossa dívida para com Deus e a dívida de alguém para conosco. Certamente a segunda é muito menor que a primeira.

“Lançando mão, sufocava-o” – essa é a forma como cobramos as pessoas que nos ofende. Um dos primeiros pensamentos após uma ofensa é “não quero nem olhar pra essa pessoa” ou “não vou falar com ele”. Quando alguém nos ofende, nossa reação mínima é rejeitar de alguma forma essa pessoa. Não foi assim que Deus o Pai agiu conosco, nem o Seu Filho, pois os dois sempre concordam nas Suas atitudes.

No versículo 31 está a prova de que o reino espiritual todo nos observa, como havia dito anteriormente.

Antes de prosseguir com a explicação dessa parábola quero mostrar um texto que está em Efésios capítulo 4 versículos 26 e 27 onde Paulo expressamente recomenda: (em palavras para nosso entendimento hoje) Não deixe a ira dentro de você até que o Sol se ponha, perdoe logo. Não perdoar é o mesmo que ceder ao diabo o direito de aprisionar a sua vida. Quando saímos do princípio de obediência à Cristo, estamos desprotegidos, ou seja, suscetível à vontade do mal.

Quero explicar porque citei o princípio da obediência. Para entender sobre isso, vamos ler o que Jesus ensinou no evangelho de João capítulo 13 versículo 34 e 35. Jesus deixou para trás 10 mandamentos e resumiu tudo o que Ele quer de nós em um único mandamento. Ele quer que amemos uns aos outros não mais como diz a lei: amarás ao teu próximo como a ti mesmo; mas Ele quer que nos amemos como Ele nos amou. Ele nos amou de forma sacrificial e isso significa amar o outro e negar-se a si mesmo, bem como Ele fez.

O perdão é amar o outro e negar-se a si mesmo. O perdão muitas vezes é passar por cima dos próprios limites e das forças, porque verdadeiramente deixamos de fazer a nossa vontade para cumprir a vontade de Deus.

Isso não é feito de qualquer forma, não é o caso de perdoar na hora e um tempo depois “jogar na cara”. Esse é o perdão de coração, esquecer o que houve no passado. Para dizer isso, eu me baseio no fato de quando Cristo recebe uma pessoa, não a trata como “ex prostituta” ou “ex dependente” ou qualquer outra classificação, Ele simplesmente nos trata como filhos (porque as atitudes Dele condizem com as atitudes do Pai). Assim nós devemos proceder com nosso próximo.

Voltando à Mateus capítulo 18 versículos 32 a 35 vemos Jesus ensinando sobre o que acontece quando saímos do princípio de obediência à sua Palavra. Essa verdade também é trazida no livro de Hebreus capítulo 5 versículos 8 e 9 onde diz que Cristo foi obediente ao Pai e salva todos aqueles que Lhe obedecem. Somos guardados na obediência pelo Espírito Santo de Deus, somos salvos na obediência porque este é o princípio de Cristo.

Que o amor de Deus o Pai, a graça do Senhor Jesus Cristo e a comunhão do Espírito Santo esteja com você, com sua família e com todos aqueles que desejam a Palavra de Deus. Amém.

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